domingo, 3 de abril de 2011

Deus ama os espíritas, mas, odeia o espiritismo

Um espírita escreveu-me irritadíssimo com a afirmação que fiz em um e-mail (dirigido a ele) sobre o espiritismo, baseada em 1 Crônicas 10:13, 14: a de que o espiritismo originou-se com o diabo. O texto mostra claramente que Deus não aprova a mediunidade: “Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante e não ao SENHOR, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.” Com isso jamais estarei condenando qualquer amigo espírita que, vivendo de acordo com a luz que recebeu, ameniza o sofrimento do próximo através das obras de caridade. Entretanto, boas obras não justificam o espiritismo, assim como o fim não justifica os meios. Nosso amigo também argumentou que o diabo é apenas um “pobre espírito escravizado pelo mal”. A seguir, a resposta dada a ele: Caro amigo: Independente de sua confissão religiosa saiba que o respeitamos como pessoa. E, que queremos o seu bem-estar, tanto nesta vida quanto na futura, que será inaugurada com a volta gloriosa de Jesus a esse mundo (Apocalipse 1:7). Realmente não foi Deus quem matou Saul, pois, este suicidou-se (1 Samuel 10:4). Quando 1 Samuel 10:13, 14 afirma que Deus “matou Saul”, essa é apenas uma forma hebraica de dizer que Deus permitiu que Saul morresse. E por que isso ocorreu? O texto responde: “… morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante” 1 Crônicas 10:13. Por uma questão de bom senso, você deve aceitar toda a Bíblia ou nada dela. Para Deus não existe meio termo: ou somos “frios” ou “quentes” (Apocalipse 3). Se você tem a Bíblia como sua norma de fé e prática terá que aceitar também o que ela diz sobre o espiritismo. E estamos percebendo juntos que a Bíblia o condensa. Por mais que se tente argumentar a favor do espiritismo, na Bíblia não se encontra embasamento para o mesmo. Recomendo que aceite a Palavra de Deus. É por ela que você e eu seremos julgados e não pelas obras de Allan Kardec. Sei que não é de uma hora para outra que entenderá e aceitará isso. Mas, pense consigo: “devo ficar com a Bíblia e o texto de 1 Crônicas 10:13, 14 ou com o kardecismo?” As duas coisas são antagônicas. Sendo que duas coisas contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, a Bíblia ou o kardecismo tem a Verdade. Jesus disse que é a Bíblia (João 17:17) e jamais fez menção ao kardecismo (sei da diferença entre o mesmo e os rituais praticados entre os culto afro-brasileiros). Cuidado com a negação do diabo. Negar a existência dele é colocar-se em um terreno perigoso. 1 Pedro 5:8 afirma: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” Aqui não é mencionado um “pobre espírito que se escravizou ao mal” mas um ser real e pessoal – inimigo do bem e disposto a destruir a felicidade das pessoas. Se não fosse o poder de Deus, já teríamos sido derrotados. Seja prudente como Paulo: não ignore as forças do mal “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.” 2 Coríntios 2:11. O fato de satanás ser imperfeito não é um problema de Deus, pois, tal ser foi criado perfeito (Ezequiel 28:15). Se a existência dele é sinal de que o Criador errou, a existência de um simples “espírito escravizado ao mal” também seria indício de um “erro” divino, pois, como Ele permitiu um espírito ser escravizado pelo mal? O anjo perfeito criado por Deus tornou-se satanás (adversário) por causa da má escolha que fez ao exercer o livre-arbítrio. Nada mais que isso. Reflita com carinho no que lhe escrevi Valter. Deus tem planos para você e não foi por acaso que nos escreveu. A caridade é importante, mas, para ser totalmente aceita por Deus precisa vir acompanhada da obediência (inclusive à ordem de Deus de não ir até médiuns), como ensina Mateus 7:21-23: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.” Mateus 7:21-23. Deixo-lhe outro texto bíblico para reflexão: “Algumas pessoas vão pedir que vocês consultem os adivinhos e os médiuns, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas dirão: “Precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos!” Mas vocês respondam assim: “O que devemos fazer é consultar a lei e os ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor.”” Isaías 8:19-20 (Nova Tradução Na Linguagem de Hoje)

É pecado comer algo vendido em festas juninas?

O que a Bíblia tem a dizer sobre o uso de alimentos vendidos em festas juninas? Algumas pessoas têm me perguntado se comer algo vendido em um lugar festivo não seria “tomar parte na idolatria”, já que tal alimento é disponibilizado em um contexto idólatra. Vamos analisar o princípio bíblico de 1 Coríntios 8. Muitos que vão para o lado do extremismo deveriam ler com atenção este capítulo. Por isso, iremos analisá-lo em três partes: Parte 1: “No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele. No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (1Co 8:1-6) Ao tratar dos alimentos sacrificados aos ídolos em templos pagãos, Paulo afirma no verso 4 que, o ídolo “de si mesmo, nada é” e que “há senão um só Deus”. Portanto, achar que o alimento oferecido a um ídolo irá “contaminar espiritualmente” uma pessoa é falta de fé no único Ser (Deus) que pode permitir que algo nos aconteça. Se os ídolos não são reais, não há motivos para se preocupar com eles. Parte 2: “Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se. Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos.” (1Co 8:7-8) Mesmo que o comer um alimento oferecido a ídolo não influencie a vida espiritual, Paulo afirma que “não há esse conhecimento em todos”. Alguns, por terem tido familiaridade com a idolatria, ainda se sentem contaminados se comerem uma comida aparentemente “idólatra”. O apóstolo afirma que tais pessoas têm a consciência fraca e conclui: não é comida que nos recomendará a Deus. Por isso, nada iremos perder se não comermos e nada ganharemos se comermos. Portanto, o cristão é livre em Cristo para decidir. Parte 3: “Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que és dotado de saber, à mesa, em templo de ídolo, não será a consciência do que é fraco induzida a participar de comidas sacrificadas a ídolos? E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais. E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” (1Co 8:9-13) Nesse ponto a Bíblia equilibra o assunto e agrada a “gregos e troianos”. Apesar de o cristão ser livre para comer ou não um alimento dedicado a um ídolo, não deve usar de sua liberdade para ferir a consciência dos “fracos”. Paulo também afirma que pecar contra a consciência dos irmãos é pecar contra Cristo. Desse modo, se o comer um alimento vendido em uma festa junina irá escandalizar um “fraco”, o melhor é não comer. Podemos ver que, na perspectiva bíblica, nada há de mal em comer, por exemplo, uma pipoca que foi vendida em uma festa junina (se você não fizer parte de uma festa onde há bebidas alcoólicas – ler Sl 1:1-2). Porém, se isso fizer com que um irmão se escandalize, é melhor fazer a pipoca em casa. Levemos em conta que nas festas juninas não se costuma oferecer os produtos alimentícios aos “santos”. Todavia, siga a sua consciência, como orienta 1 Coríntios 8:1-13. Em qual dos dois grupos de 1 Coríntios 8 você se enquadra? Nos dos fortes ou fracos na fé? Isso é o que menos importa. O mais importante é que sua opinião seja respeitada – e que você respeito a opinião dos outros.

Um cristão deveria vender bebidas alcoólicas e cigarros?

Quem trabalha com produtos como cigarro, cerveja, etc., está pecando? Um pastor da igreja quadrangular me disse que não é errado, pois, a pessoa só esta fazendo o seu serviço. Isso procede? Ao meu entender vejo que é pecado, mas, gostaria da sua explicação… Há fortes princípios bíblicos que nos mostram ser pecado a venda de cigarros, cervejas e outras bebidas alcoólicas: 1) O princípio de 1 Coríntios 3:16, 17: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” (Conferir 1Co 6:19-20). O corpo humano é o santuário, morada do Espírito Santo (a Terceira Pessoa da Trindade). Sendo o cristão chamado a ser “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5:13, 14), ele não pode contribuir, através de um falso testemunho, com a propagação de substâncias que destruam a saúde das outras pessoas! O apóstolo Paulo afirma claramente que, quem destruir o corpo (inclusive o corpo dos outros), será destruído, pois, o aspecto físico é sagrado. 2) O princípio de Êxodo 20:13: “Não matarás.” A ingestão de álcool e o tragar cigarros mata. Dessa maneira, quem vende tais produtos (e também trafica drogas) está, de certo modo, “matando” outras pessoas e terá de dar contas a Deus por isso (Rm 14:12; Ap 22:15). 3) O princípio de Mateus 7:12: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.” Da mesma forma que um cristão não gostaria que alguém vendesse bebidas e cigarros para um filho seu, por exemplo, não deve vender para os filhos dos outros! 4) O princípio de Habacuque 2:15: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas!” É proferido um “ai” sobre aquele que dá de beber a outras pessoas. E não poderia ser diferente, pois, a pessoa está contribuindo com os planos de satanás de destruir a saúde humana e acabar com as famílias, pervertendo assim ainda mais a sociedade. Esses são alguns princípios que nos ensinam ser proibida por Deus a comercialização de fumo e bebidas alcoólicas.